CRESCENDO NAS DIFERENÇAS

18/11/2012 14:15

 

CRESCENDO NAS DIFERENÇAS

 

E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim.

Porque quem não é contra nós, é por nós.

(Marcos 9.40)

 

Eu fico lendo esta passagem e vejo como os discípulos eram pródigos em pensar exatamente o contrário de seu discipulador, ou seja, O Senhor Jesus Cristo. Veja bem, havia “alguém” expulsando demônios, exatamente como Jesus fazia,demônios esses  que vez por outra os “12” não conseguiam expulsar, mas, se acharam no direito de repreender o exorcismo e o exorcizador. Pior ainda! Acharam que tinha feito uma grande coisa.

 

Imagine a cena! “Ô cidadão você não nos segue então pare de expulsar este demônio!” – “Mas eu to fazendo bem a esta vida!” (responde  o exorcista) -  e os discípulos do alto de sua religiosidade e conceitos “achólicos” dizem: “Não importa mande ele de volta pra casa com demônio e tudo e ele que venha em uma de nossas reuniões! Kkkkkk  - É claro que estou imaginando, mas, bem poderia ser assim.

 

Nos nossos dias temos visto o nascimento de diversas denominações cristãs e o que deveria servir de alegria para todos, afinal a expansão do evangelho é uma meta singular e que deveria nos unir, torna se uma entrave quando encontramos os “doutores da lei contemporâneos”  questionando a forma desta ou aquela igreja cristã se mover.

 

Não estou aqui defendendo qualquer seita herética cujos os credos e atitudes são identificados pela negação de Cristo em sua divindade, negação do castigo eterno, negação da vida eterna, negação da ressurreição e propagação de conceitos que desvirtuam a criação,seus princípios e natureza e forma de pessoas e animais em sua essência, jamais faria isto, por isso mesmo uso a expressão igrejas “cristãs”, mas, as vezes os questionamentos pseudo teológicos as vezes beiram a esquisitices de pastores “neobobos’ que se arvoram no direito de serem donos da verdade.

 

Outro dia li um artigo sobre igrejas que realizam “campanhas de libertação” e o Pastor autor do artigo expressava com ardor a sua posição contra a realização de tais campanhas.

 

Em outras ocasiões li artigos também de pastores que questionavam os títulos da hierarquia interna desta ou outra denominação, como pastores, pastoras, profetas, apóstolos, sacerdotes, reverendos e tc...

 

Bem, eu sou do tempo que a formação eclesiástica se resumia aos ” leigos”  presbíteros, diáconos, evangelistas, pastores com teologia e pastores sem teologia e para ser considerado missionário, tinha que no mínimo sair de sua cidade para ir fazer missões. Isto é um fato. Reverendo era uma forma de tratamento que se dava a “todos os pastores” e profeta era quem era um usado no dom de profecia.

 

Bom isso não quer dizer que ontem estava certo e hoje errado e também não quer dizer ao contrário, que ontem estava errado e hoje está certo, não é nada disso, apenas temos que reconhecer que  conceitos mudam e que verdades outras podem ser reveladas com o passar do tempo.

 

Há pouco tempo atrás televisão era do “diabo” e hoje os pastores estão na TV,  a pratica de esportes era condenada, acredite nisso! Ler um livro que não fosse  a bíblia ou a revista da EBD, ou literatura exclusivamente evangélica era um verdadeiro sacrilégio e hoje nós concordamos que é necessário se ampliar os horizantes neste sentido. Acredite ou não, mas, não se aceitava outra tradução da bíblia que não fosse a João Ferreira de Almeida corrigida, porque as outras versões não “era de crente!”

 

Hoje temos diversas edições da bíblia, tais como: Biblia da mulher, bíblia El Shaday, Bíblia de Estudo Pentecostal, Homilética, Hermenêutica e infinitos títulos, traduções e edições.

 

Sendo assim porque não aceitar a forma desta ou daquela igreja trabalhar no Reino de Deus? Se eu não concordo com os princípios teológicos de determinada organização denominacional cristã é apenas uma questão de eu me transferir para outra onde eu esteja mais a vontade, mas, nada de quer impor minhas idéias, ou conceitos, porque neste caso eu melhor eu iniciar uma nova denominação.

 

A multiforme manifestação da Graça de Deus só nos exige uma coisa, que sejamos bons despenseiros e que o que recebemos seja usado para servir a outros.  1 Pedro 4:10 Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

 

Eu não posso questionar se o amado companheiro de ministério recebeu uma revelação de cura através de sete unções com óleo, ou se o outro recebeu a revelação de implantar um sistema de discipulado em sua denominação a partir de pequenos grupos, ou se o outro companheiro desta causa santa resolveu trazer o menorah ou arca da aliança como símbolos em sua congregação, não podemos questionar estas coisas, porque fazem parte da “multiforme” manifestação da graça ou seja há liberdade suficiente entre nós para se decidir assim ou não.

 

O Apóstolo Paulo, filósofo por formação e cristão por convicção de uma conversão genuinamente inquestionável, declara:: “ Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus ” 1 Coríntios 10:31

Então é imprecindivel que haja em nós esta convicção de que apesar de sermos diferentes em nossos métodos e convicções, ainda assim, estamos fazendo o correto que é pregar o evangelho, ganhar vidas e preparar um povo santo que vai se encontrar com o SENHOR JESUS na glória.

 

Não há pastor ou autoridade espiritual cristã que seja o dono absoluto da verdade e jamais poderá se impor assim, diante desta ou daquela denominação cristã, mas, aceitar que em outros lugares também se expulsam demônios, cura se os enfermos, há batismo no Espirito Santo, salava se vidas mesmo que não seja na denominação ou segundo meu conceito e métodos e o que passar disso o próprio Deus julgará.

 

Para concluir este comentário me lembro da parábola do trigo e do joio em Mateus 13:24-30.  Jesus disse que um homem semeou a semente no campo de trigo e a noite veio o inimigo e semeou a semente do joio na mesma plantação. Então os servos daquele homem se propuseram a arrancar o joio, mas, o homem/semeador de trigo lhes disse: “Não façam isso, deixem crescer junto os dois e no dia da ceifa os ceifeiros vão separar um do outro e cada qual para o seu destino; celeiro e fogo”

 

Pastores! Nós não somos ceifeiros! Somos semeadores e servos! Se há joio nesta plantação maravilhosa que o Reino de Deus, deixa o dono da semente identificar e cuidar de acordo com sua soberana e santa sabedoria.

 

Deus Vos Abençoe!

 

 

Pastor Osiano Castro Neto

Comunidade Apóstolica Videira